Parece que foi ontem que ouvi
pela primeira vez o Rua dos Amores, de tão vivo que ainda está o disco em
minha cabeça e também pelo sucesso da turnê pelo Brasil. Mas, o fato é que o
disco é de 2012 e para um artista como Djavan, que compõe músicas como quem cria
verdadeiros filhos, três anos é tempo de sobra pra se ter a vontade de criar
coisas novas. Por isso, o novo trabalho Vidas pra Contar vem preencher essa
saudade do músico compositor.
Decididamente, Djavan é um dos meus artistas favoritos da boa música. Elegante e moderno como sempre, o compositor nos traz a mesma receita que pontua em toda a sua carreira. Músicas de vários ritmos, como o forró que abre o disco, Vida nordestina, a bossanovista Encontrar-te, as canções Primazia e O tal do amor, as jazzísticas Se não vira jazz e Enguiçado, o ótimo samba Ânsia de viver, a "salsa" Aridez... por aí vai.
Traz o pop também sempre
presente, como a “música de trabalho” Não é um bolero que de cara nos mostra
a sua assinatura. Outra marca que sempre o acompanha é o ritmo "funqueado" que
ele impõe em Só pra ser o sol.
É sempre assim e é sempre novo.
Incrível como o artista envelhece e torna-se sempre melhor. Sua voz mais
madura, com graves mais acentuados nos faz acompanhá-lo à medida que vamos
aprendendo a música, com a alegria de uma boa e agradável nova descoberta.
Demorou, mas já dava pra prever uma merecida homenagem do músico à sua mãe em Dona do horizonte. Há muito tempo Djavan conta sua história e a importância de sua mãe nas influências que teve. Nos últimos tempos, isso ficou mais intenso e então veio a balada que conta um pouco dessa influência materna. Linda homenagem!
Também pra não deixar de ser
Djavan, o disco apresenta a enigmática Vidas pra contar que dá nome ao
trabalho. Linda demais como todo o disco.
Cabe citar aqui algumas coincidências do autor com este que vos fala. Antes mesmo de ouvir as músicas deste disco, já havia reparado no título da música "Aridez" que é o título de um poema meu, publicado aqui há algum tempo. Depois de ouvir, não achei que fosse muito a cara do meu poema, embora o tema fosse o mesmo. Não a seca material, mas a do amor. Fiquei feliz em saber dessa coincidência. Ouvindo o disco, reparei em outra muito mais especial que é a música "Dona do horizonte". Bem no início da criação desse blog, escrevi o breve texto o "Pequeno cantor", que é um pouco dessa história que Djavan conta da mãe, só que em um viés oposto. Essas coisas nos emociona ainda mais.
Cabe citar aqui algumas coincidências do autor com este que vos fala. Antes mesmo de ouvir as músicas deste disco, já havia reparado no título da música "Aridez" que é o título de um poema meu, publicado aqui há algum tempo. Depois de ouvir, não achei que fosse muito a cara do meu poema, embora o tema fosse o mesmo. Não a seca material, mas a do amor. Fiquei feliz em saber dessa coincidência. Ouvindo o disco, reparei em outra muito mais especial que é a música "Dona do horizonte". Bem no início da criação desse blog, escrevi o breve texto o "Pequeno cantor", que é um pouco dessa história que Djavan conta da mãe, só que em um viés oposto. Essas coisas nos emociona ainda mais.
Djavan se mostra mais uma vez
como sempre foi e sem ser repetitivo. Continua parecendo um garoto. Popstar, com
brilho e vontade de gente nova. É como um doce de coco que se come e não se
enjoa! Como um bom vinho. Quanto mais velho melhor!
Djavan – Vidas Pra
Contar (2015)
1. Vida Nordestina
2. Só Pra Ser o Sol
3. Encontrar-te
4. Primazia
5. Não é um Bolero
6. O Tal do Amor
7. Aridez
8. Vidas Pra Contar
9. Enguiçado
10. Se Não Vira Jazz
11. Dona do Horizonte
12. Ânsia de Viver
Confiram outras novidades no site do artista:
Djavan Mestre!
ResponderExcluirGrande Mestre mesmo. Obrigado pela presença e pelo e-mail.
ExcluirAbração, Cristiano.
Maravilha de texto, amigo. Djavan é, realmente, um artista diferenciado. Sempre criativo, não permaneceu requentando seus sucessos. Abraço!
ResponderExcluirIsso mesmo Rogério. Que bom revê-lo por aqui. Grande abraço, meu amigo.
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