sábado, 29 de novembro de 2014

George Harrison - o beatle mais espiritualista

Que os outros três não saibam, mas o George é o meu preferido. Por tantas razões, até mesmo por ser ele o caçula do grupo, por ser, como muitos dizem, parecido comigo. Ou seria eu parecido com ele? Até por causa de Frank Sinatra, considerado por muitos o maior cantor de todos os tempos, ter dito que a música da dupla Lennon & McCartney que ele mais gostava era Something. Que maldade com aquele que embora tenha demorado um pouco mais para compor como a dupla de amigos, teve sua obra um tanto eclipsada pelos outros dois. Não à toa, lançou um álbum triplo imediatamente após o fim da banda. E não foi um álbum simples com muita música que estava represada, foi um álbum magnífico e que se tornou um ícone na discografia pop mundial de todos os tempos: All Things Must Pass. Posso dizer que de todos os quatro, George Harrison foi o mais produtivo depois da separação. Não que Paul não tivesse produzido bastante, nem que John não tivesse feito álbuns brilhantes. Deste último, sua morte precoce nos impede de uma maior avaliação, pois teve apenas dez anos entre a separação dos Beatles e sua morte. O fato é que a qualidade da produção de George, considerando, inclusive, sua autoria solitária, durante e depois do quarteto, é realmente especial. Apesar de toda paixão pelos quatro beatles e, obviamente, pela obra de John e Paul, devo confessar que me apraz mais as canções de George. O seu canto sofrido, com suas caretas, são de uma verdade que nos sensibiliza. suas baladas e seu humor refinado me satisfaz. Não tem o que Paul tem de mais melodioso e pop, nem o que John tem de mais ácido e igualmente pop. Traz o meio termo. Traz em seu modo, em suas letras e melodias um jeito sereno, as vezes dramático, é verdade, mas quase sempre espiritual. Sua ligação com a religião hinduísta o levava a uma música mais sensível. Era mesmo o beatle mais espiritualista, sem sombra de dúvidas! Dentre os seus álbuns, destaco alguns em especial: All Things Must Pass (1970),  Living In The Material World (1973) e Cloude Nine (1987). Só pra ficar nos três melhores ao meu ver. Hoje faz treze anos desde sua morte e esse pequeno texto é minha singela homenagem. Viva George forever!

Franciscano


Amamo-nos um ao outro...

Dei-te Carinho
Me deste Ternura

Justiça me deste
Grato te fui

Te fui Bom
Me foste Manso

Misericórdia me tiveste
Por ti orei...

É dando que se recebe!

Assis Furriel