sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Uma trágica alegoria

     No início eram os coxinhas, esse delicioso petisco apreciado nas mesas das classes medianas. Longe de serem mortadelas, ainda que fossem especialmente defumadas e da Sadia, essa marca tão querida pelos medíocres. 
     Traziam no peito um orgulho não sei do quê, mas eram cheios dele. Talvez, no fundo, ainda inconsciente, guardavam um desejo ainda maior e mais trágico que seus recheios, aparentemente, não revelavam. 

      Porém, com o tempo, aliás, muito pouco tempo, sofreram uma metamorfose à la Kafka e foram se transformando em um personagem das histórias mais nítidas de submissão, os minions. Passaram a ter um prefixo no nome no qual identificava-se o mestre ao qual seguiam e serviam. 

     Essa involução se deu de modo extremamente agressivo e rápido e quando muitos não esperavam já não tinham mais razão e nem consciência do que de fato eram. 

     Hoje são vistos em pastos urbanos e rurais como gados, tresloucados, alucinados, mugindo algo que com muito esforço entendemos: E o PT? E o PT? E o PT?...

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Prece natural

A oração à Deus se dá de muitas formas.
Na alcova, em secreto, sim!
Mas nos espaços abertos como os do campo, por exemplo.

No olhar da natureza acontecendo nos pios dos pássaros.
_Quer natureza mais representada que nos cantos dos pequenos voadores.

No cuidado com a terra ao plantar o quê de comer, o alimento.
Colocar a mão no chão fertil e sujá-la com o amor a ele dedicado é um dos modos mais marcantes de ligação à Deus.

Plantar árvores, plantas e flores são formas de oração das boas, das melhores.
Nesse momento é possível ouvir a voz do Pai dizendo: _Vá em frente moço, trabalhe comigo, faça a vida surgir.

Das formas de oração desse molde, o que mais gosto é a da observação.
Olhar o nascer e o pôr do sol.
O voar das aves indo pra algum lugar pela manhã e voltando de lá ao final do dia.
Ouvir o barulho dos córregos, os latidos ao longe dos cães, o mugido do gado, os grilos e sapos ao cair da tarde.
O som do vento forte a limpar a atmosfera dos miasmas deletérios
Da chuva no telhado e do seu escorrer pelas calhas.

Ora-se quando da água captada da fonte a encher nossas reservas e que continua a seguir seu curso sem uma torneira sequer a se abrir ou se fechar.

Ora-se quando cruzamos na estrada com o homem do campo, suado e queimado do sol diário na lavoura. Um aceno e um cumprimento: _Dia!

Ora-se quando pagamos um serviço a nós prestado e ouve-se do outro: _Deus lhe pague.

Ora-se quando percebemos as marcas do tempo em nossas mãos e rosto e dizemos a nós mesmos: _Cheguei até aqui!

Quando temos olhos para ver, ouvidos para ouvir e sensibilidade para entender esses sinais e tantos outros não citados é que entendemos que Deus nos convida a todo momento a orar em agradecimento pela vida.

Que seja sempre assim. Graças à Deus!

segunda-feira, 11 de março de 2019

Musical



Te dei notas


Me deste melodia

A música que toca em mim vem de você,

compositora da minha alegria

   
                                       Assis Furriel

Quarando a vida


Hoje pus a roupa para quarar
Enquanto espero,
Ensaboo a alma
E quaro a vida na rede

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Reguiar





Irá brilhar a minha estrela
Num céu de esperanças mil
O que o futuro nos aguarda
Nos guiará a uma paz sem fim

É um amor real a guiar
É a força deste amor, sim

Caminharemos nessa estrada
Por onde a dor não existe mais
E a vida nova cantaremos
Sem mais olharmos para trás

Enfim, sinto positivas vibrações
É que em meu peito bateu
O amor do Pai que me faz mais feliz
E assim me guio


(Luiz Claudio Cardoso e Assis Furriel)

sexta-feira, 6 de outubro de 2017