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| Rua dos Amores, 2012 |
Djavan parece que estava sedento por compor, depois de quatro anos sem gravar um disco cem por cento autoral. Nesse intervalo gravou Ária, disco somente de composições de outros autores. Ótimo disco, por sinal. Fora esse tempo citado, sentia falta desse poder poético e de sua força melódica e rítmica que desde Milagreiro não sentia mais. Esse é um sentimento pessoal, não sei se o leitor concordará. De modo que para mim a espera foi bem mais demorada, já que esse último trabalho citado é de 2001.
Em seu site oficial, o texto que apresenta o disco é escrito por Hugo Sukman, do qual concordo inteiramente e reproduzo parte:
"A cada acorde, a cada palavra de Rua dos Amores, o novo CD autoral de Djavan, sente-se a força acachapante e emocionante de um estilo. Pudera: notório estilista da música brasileira, ele é autor de todas as letras e melodias das 13 novas canções, fez todos os arranjos e é o produtor do disco (...) Para um compositor compulsivo e prolífico como Djavan o jejum foi algo sofrido e o acúmulo de energia criativa talvez explique a força da nova safra. Força também "reforçada" pelo reencontro com a antiga banda, com quem não trabalhava há 15 anos, todos mais maduros, tocando muito, afinadíssimos com as ideias e o violão de Djavan."
Bem se vê a sede que estava Djavan quando se debruçou sobre seu novo trabalho: compor, arranjar e produzir. Matar a vontade de criar algo do zero, de si mesmo.
Em Rua dos Amores, todo seu estilo se apresenta em treze faixas. Assim, estão lá em forma de samba, bossa, suingue, funk, jazz, balada, canção as suas novas criações. Definitivamente, Djavan voltou com toda força, com suas composições de extrema beleza e qualidade!
Djavan comenta o disco
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