Ferreira Gullar e Milton Nascimento |
Bela, bela
Mais que bela
Mas como era o nome dela?
Não era Helena, nem Vera
Nem Nara, nem Gabriela
Nem Tereza, nem Maria
Seu nome, seu nome era
Perdeu-se na carne fria
Perdeu-se na confusão
De tanta noite e tanto dia
Perdeu-se na profusão
Das coisas acontecidas
Constelações de alfabeto
Noites escritas a giz
Pastilhas de aniversário
Domingos de futebol
Enterros, corsos, comícios
Roleta, bilhar, baralho
Mudou de cara e cabelos
Mudou de olhos e riso
Mudou de casa e de tempo
Mas está comigo
Perdido comigo
Teu nome
Em alguma gaveta
(Milton Nascimento/ Ferreira Gullar - música gravada no disco "Caçador de mim de 1981)
Ouça a música
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Às vezes as lembranças são mais belas do que a própria importância atual de uma ou mais pessoas em nossa vida.
ResponderExcluirAquela gaveta fica sendo a oportunidade de reflexão sobre as escolhas que fizemos.Que venham as gavetas...
E às vezes essas lembranças saltam das gavetas, implorando-nos uma busca, um resgate dos nomes daqueles que já não se fazem mais presentes. Nós também não somos mais os mesmos de outros tempos e seria preciso resgatar algo de nós que ficou lá no passado. As lembranças, em geral, são mais belas mesmo, porque são idealizações, que muitas vezes nos salvam dos sentimentos nostálgicos.
ResponderExcluirÉ verdade. Muitas vezes, as lembranças são mais interessantes do que a importância atual das pessoas que já passaram na nossa vida. Mas são essas lembranças, fruto das nossas escolhas, que nos fazem ser o que somos e/ou o que um dia fomos e de pensar sobre o que queremos ser no futuro.
ResponderExcluirViva as lembranças! A memória somos nós ontem, hoje e sempre!
ResponderExcluirE a Alaíde Costa canta lindamente essa canção...
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=H6hNoeIbR0Y&t=1s - Bela Bela, por Alaíde Costa (aquela que canta suavemente)
ResponderExcluirValeu pelo link. Abr.
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