"(...) Diz-que-direi ao senhor o que nem tanto é sabido:
sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão,
o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja,
e vai, na idéia, querendo e ajudando; mas, quando é destino dado,
maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal,
carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas.
Amor desse, cresce primeiro; brota é depois. (...)"
In: ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 1ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 139.
No vídeo, Jonathans narra o reencontro de Riobaldo e Diadorim,
quando fala do amor, citado acima:
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Assis,
ResponderExcluirQue pérola você encontrou! Adorei.
Parabéns por mais uma vez encantar nossos ouvidos e visão com a sua sensibilidade.
Grande bj!
Oi Eliana,
ResponderExcluirvocê é uma dessas pessoas especiais que têm ouvidos de ouvir e olhos de ver além das aparências. Por isso é tb especial ao fazer sua poesia.
Esse rapaz que tanto nos encanta é da cidade do Guimarães Rosa e o trabalho dele e de seu grupo é muito bonito, não? Fiquei curioso de ver ao vivo, lá na cidade deles.
Estou relendo a obra depois de muito tempo. Havia lido na época da escola e depois assisti a mini-série da Globo (muito boa, por sinal). Na escola, a leitura era uma obrigação, mas agora é um grande deleite. Devia ter lido há mais tempo, pois a história é por demais bela. Foi um verdadeiro marco na cultura brasileira!
Que bom que gostou do post!
Bjs.
Adorei a narração do rapaz e ainda mais as belas palavras de Guimarães Rosa. Esse é o famoso amor avassalador à primeira vista, o que chega sem pedir licença, invade e penetra intensamente. Uma vez li em algum lugar sobre a crítica desse tipo de amor feita pela sociedade Indiana. Lá na Índia, onde os casamentos ainda são arranjados, prezam pelo amor que vai crescendo com o passar do tempo, um amor morno, mas que se pretende duradouro. Eles argumentam que esses amores avassaladores dos ocidentais tem duração limitada. É, são pontos de vista diferentes... Bjs
ResponderExcluirKatia,
ResponderExcluirmuito do que lemos e aprendemos sobre os orientais nos mostra que em muita coisa eles estão com razão. O amor, no entanto é um só, acredito. A forma como o sentimos e o expressamos é que difere, pois somos diferentes. O barato do homem é que apesar da igualdade quanto aos aspectos humanos, somos diferentes como indivíduos. Cada um é um ser único. E o amor está atuando e sendo percebido por cada um conforme as suas particularidades.
Por isso, esse meu encantamento com a obra de Guimarães Rosa. De tão diferente do nosso mundo moderno, acaba por nos atrair pela novidade que nos traz.
Obrigado pela participação.
Bjs.
Amei o vídeo com a narração primorosa do Jonatas. Sobre Guimarães Rosa não me permito dizer nada, pois ele é tudo. Obrigada por esse momento mágico, cheio de amor.
ResponderExcluirObrigado a você, Sonia.
ResponderExcluirPela participação e sensibildade!
Bjs.