sábado, 3 de janeiro de 2015

Da aridez, a poesia

Seu olhar quando me molha
Não é de lágrimas, é de mar

Seu olhar quando me pega
É no jeito, no modo subentendido do desejo

Seu olhar molhado é de esperança
Que me torna verde o que em mim era pó

Essa chuva do olhar não é qualquer chuva
Até porque minha aridez não é palpável, visível

Sou solo fértil abandonado

Assis Furriel

7 comentários:

  1. Que lindo , adorei ! Muito bom visitar seu blog , tem sempre boa leitura ! parabéns maninho !
    Rosana .

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  2. Uau! Que lindo! Amei! Sem palavras...

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    1. Que legal que gostou. Essa poesia faz parte de uma série que vem desde "Aridez": "A secura de minh'alma
      Implora a chuva do seu olhar" e também de "Ainda sobre chuva, seca e amores": "A chuva que ora cai sobre meu corpo/ E há tempo teimava em não vir/ Irriga minha pele e adentra em meus poros à profundidades tais que/ Carregada de vida, me sustenta e me consola/ Encharca meu ser/ Essa chuva tem nome certo/ _Te amo molhado e feliz!" Estão lá pra trás.

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  3. Vou procurar essas outras poesias. Tema de série interessante. Aridez apaixonante.

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