Segundo Agostinho da Silva, filósofo e pensador português, “Ser moderno não significa ignorar tudo o que forma o antigo; significa não deixar que perca alma tudo o que de eterno lhe oferece o presente” (Silva: 2008). Portanto, uma proposição positiva do presente e não negativa, quanto ao passado.
Pode-se concluir que, conceitos ligados à questão da modernidade sempre estiveram ligados à história do samba, assim como no conteúdo de sua produção. Moderno, no popular, pode ser, por exemplo, o reconhecimento da qualidade das obras do passado. Reconhecer a modernidade em Machado de Assis, revitalizar os bairros tradicionais das grandes cidades, resgatar os gêneros musicais antigos, como o chorinho etc. são exemplos típicos. Processos ocorridos na contemporaneidade, às vezes buscam o passado como padrão estético de beleza, como a moda “retrô”, por exemplo.
A grande contribuição deste debate é a busca da valorização dos aspectos da arte e da cultura, de um modo geral, em qualquer época da história, considerando, obviamente, o seu tempo. Assim, o que se identificou como de boa qualidade e de vanguarda, será sempre moderno, pois revolucionou, de algum modo, a sua época.
Assis Furriel
(Conclusão do trabalho: SAMBA E MODERNIDADE - O samba como agente transformador na primeira metade do século XX)
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