domingo, 20 de março de 2011

Saudações entre dois gênios amigos



Nesta postagem, resolvi destacar algumas saudações sui generis de dois grandes amigos, que são Luís da Câmara Cascudo e Mário de Andrade e que se não fossem eles os gênios que foram muito certamente não chamariam a nossa atenção. É muito legal perceber, nessas pequenas saudações, a natureza humana e uma certa simplicidade que o distanciamento nos impede conhecer. As publicações de cartas de personalidades de nossa intelectualidade, além de trazer-nos luz sobre uma série de questões literárias e científicas, possibilitam-nos conhecer melhor a vida comum, a intimidade dessas figuras importantes. Vejam que delícia as saudações trocadas nas correspondências desses que são dois dos maiores estudiosos do folclore e da cultura brasileira. Por elas, fica bem explícito o grau de amizade, de carinho e até do bom humor dos dois autores.



“Luís da Câmara Cascudo”  São Paulo, 14 de agosto de 1924

“Mário de Andrade”  Natal, 25 de Agosto de 1924

“Luís”  São Paulo, 5 de abril de 1927

“Mário”  Natal, 17 abril de 1927

“Cascudinho”  São Paulo, 26 de outubro de 1927

“Mário de Andrade. Amigão”  Natal, 1° de janeiro de 1928

“Luís querido”  São Paulo, 22 de janeiro d e1928

“Mário de Andrade. Querido amigo”  Recife, 1 de outubro de 1928

“Cascudinho, Cascudão,
Olhai pro céu, olha pra... mim”  São Paulo, 6 de agosto de 1929

“Mário do coração natalense”  Natal, 6 de junho de 1930

“Mário, bestão querido”  Natal, 1 de agosto de 1930

“Mário queridão”  26 de setembro de 1930 (s/ cidade)

“Mário rei Mano bestão querido”  Natal, 22 de janeiro de 1931

“Mario camaradão”  23 de outubro de 1931 (s/ cidade)

““Compadre” Mário”  14 de março de 1932 (s/ cidade)

“Compadre Cascudo”  São Paulo, 26 de março de 1932)

“Mário de coração pôlista”  5 de junho de 1933

“Cascudinho e tanto”  São Paulo, 18 de junho de 1934

“Mário do coração brasileiro”  14 de julho (data besta) greve dos correios e tele

“Mário, querido, do coração bolchevista”  20 de outubro de 1934 (s/ cidade)

“Olha, Cascudinho”  São Paulo, 10 de novembro de 1934

“Meu querido Cascudinho”  São Paulo, 1 de março de 1935

“Cascudito”  São Paulo, 15 de abril de 1936

“Macunaíma”  Natal, 9 de maio de 1937

“Velho Mário”  Natal, ant. 9 de junho de 1937

“Cascudinho velho”  São Paulo, 15 de janeiro de 1940

“Cascudete velho de guerra”  São Paulo, 6 de junho de 1942

“Ao querido Macunaíma”  Natal. Janeiro de 1944




MORAES, Marcos Antonio de. (org.). Câmara Cascudo e Mário de Andrade: Cartas, 1924-1944. 1ª Edição. São Paulo: Global Editora, 2010.


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2 comentários:

  1. Verdade,Assis,como ficamos mais íntimos de personalidades, de artistas,escritores,que se escondem,eles próprios,dos leitores e admiradores mais curiosos e ávidos de maiores informações sobre a vida que levam no cotidiano da realidade de cada um!Por trás de um incessante "esconde-esconde",caem em nossas mãos, ou melhor,sob nossos olhos,a "delícia" de saber que aqueles,são personagens de si mesmos,expondo a simples condição de serem humanos.Tornamo-nos mais chegados,às vezes até mais abusados,de posse de uma pequena porção da intimidade daqueles que admiramos apresentados somente pela obra a que se dedicam.
    Muito interessante,Assis,seu olhar de "pince-nez" em Câmara Cascudo e Mário de Andrade.A quem mais interessaria,saborear um cafezinho da manhã com essas duas figuras tão importantes?
    Tão simples e invulgares como café com pão.
    Obrigada pelas seletas e interessantes publicações retiradas de sua pesquisa.Beijos da Cida.

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  2. Cida,

    obrigado pelo seu comentário e pelo seu interesse pelos meus textos.

    Beijos do amigo querido!

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