terça-feira, 20 de outubro de 2015

Uma menina

Ao longe vejo a menina a brincar
Solta e sem sobressalto, corre pra lá e pra cá
Cabelos negros, cheios e longos esvoaçam ao vento na praça
Seu suor e seu ar angelical depõem quanto a ingenuidade de quem não tem e não faz juízos
O que os que a guardam, os que passam apressados, 
Os que nela reparam a graça infantil e, com certeza, ela mesma não sabem
São suas demandas futuras de mulher...




Tábua de salvação

Seguro-me em você
Que me sustenta qual uma rocha sólida,
Um monolito imponente a me erguer das quedas constantes

Me encosto a você como a uma parede
Uma colossal parede a se escalar, quase lisa, sem frestas ou agarras
Mas que tenho que subir e conquistá-la a todo preço e suor
Magnânimo é seu amor, generoso é seu afeto
A minha tábua da salvação vale a vida