segunda-feira, 23 de abril de 2012

Um pouco sobre Pixinguinha, Donga e João da Baiana

     “Pixinguinha, João da baiana e Donga formam um trio-ícone da história inicial do samba. O primeiro, cujo nome de batismo é Alfredo da Rocha Vianna Filho, ligado mais ao gênero choro, foi de grande importância por sua genialidade e erudição musical. Até hoje, considerado um dos maiores compositores da música brasileira. Seu Carinhoso de 1917, letrado por Braguinha (João de Barro) em 1937, é cantado e cantarolado por todas as gerações de brasileiros graças ao mega-sucesso na voz de Orlando Silva, na gravação do mesmo ano da letra. Instrumentista genial, influenciou os regionais que apareceriam em profusão. Um dos nomes mais constante é o do flautista Benedito Lacerda, com o qual formou dupla. Jacob do Bandolim é um exemplo de gênio-discípulo do grande mestre. Dentre os sucessos deixados pelo músico estão Os Oito Batutas (c/Benedito Lacerda), tango, 1919; Patrão, prenda seu gado (c/Donga e João da Baiana), chula raiada, 1931; Conversa de crioulo (c/Donga e João da Baiana), samba de partido-alto, 1931; Rosa (c/Otávio de Sousa), valsa-canção, 1937; Um a zero (c/Benedito Lacerda), choro, 1949; Lamento (c/Vinícius de Morais), choro, 1962. Todas essas músicas e muitas outras marcam a sua trajetória.

     João da Baiana (João Machado Guedes), filho de baianos, foi um grande ritmista, tendo desenvolvido este talento desde pequeno junto à comunidade baiana da qual fazia parte. Sua primeira composição é de 1923: Pelo amor da mulata. Outras composições marcantes são Cabide de molambo, Patrão, prenda seu gado, Batuque na cozinha.

     Por último, Donga (Ernesto dos Santos) que era filho da baiana Amélia e, como João da baiana, também foi criado em meio às festas e tradições da citada comunidade. Mais que uma história de repertório que, aliás, não foi muito extensa, a importância de Donga está associada à modernização do samba, cuja profissionalização tomou impulso a partir do registro e da gravação de “Pelo telefone”. Fez parte junto com Pixinguinha dos Oito Batutas, tendo excursionado para Argentina e Europa, depois da consagração carioca. Outras composições de Donga: Bamba-bambu, Passarinho bateu asas, Macumba de Oxossi (Diniz: 2006)."



O trio (Donga, Pixinguinha e João da Baiana) em depoimento ao Museu da Imagem e do Som,
no final dos anos 60. (Foto de autor desconhecido)


 (Monografia (parte) “SAMBA E MODERNIDADE - O samba como agente transformador na primeira metade do século XX” de 2010, de Francisco de Assis Furriel Gonçalves)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A esfera, o cubo e o plano: a mínima e a máxima distorção



A cartografia, matéria ligada às geociências, busca projetar num plano bidimensional os mapas da esfera global, sempre preocupada com a mínima distorção, visto que esta é inevitável. Já o Cubismo, movimento artístico criado por Pablo Picasso e Georges Braque no início do século XX, se preocupou em representar num mesmo plano todas as partes dos objetos tridimensionais, sem qualquer compromisso com a realidade.
Portanto, a máxima distorção no Cubismo era uma constante.


Les Demoiselles d'Avignon (1907) de Pablo Picasso
Les Demoiselles d'Avignon (1907) de Pablo Picasso



domingo, 8 de abril de 2012

Roberto Carlos no Blog do Chico

Há muito, queria gravar em vídeos algumas coisas cantadas por mim do repertório do cantor, que desde a infância ouvia e curtia. Do "Rei" da Jovem Guarda, fica aqui uma homenagem, ainda que singela e amadora:
"Quase fui lhe procurar" de Getúlio Cortes, gravada em 1968 no disco "O inimitável", "Nada tenho a perder " também de Getúlio Cortes, gravada em 1969, "É proibido fumar" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, gravada em 1964 e "Com muito amor e carinho" de Eduardo Araújo e Chil Deberto, gravada em compacto simples em 1968.
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Assis Furriel canta Caetano Veloso

Sete mil vezes
(Caetano Veloso)

Sete mil vezes
Eu tornaria a viver assim
Sempre contigo
Transando sob as estrelas
Sempre cantando a música doce
Que o amor pedir pra eu cantar
Noite feliz
Todas as coisas são belas

Sete mil vezes
E em cada uma outra vez querer
Sete mil outras
Em progressão infinita
Quando uma hora é grande e bonita assim
Quer se multiplicar
Quer habitar
Todos os cantos do ser

Quarto crescente pra sempre
Um constante quando
Eternamente o presente você me dando
Sete mil vidas
Sete milhões e ainda um pouco mais
É o que eu desejo
E o que deseja esta noite
Noite de calma e vento
Momento de prece e de carnavais
Noite de amor
Noite de fogo e de paz




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