segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Poema sobre poema

Cupido enamorado

Flechada visceral
cintila a enamorada
alma

Fagulhas escondidas
espreitam você

Mantêm a distância
necessária

de quem
não é correspondido




Comentário

Alma ferida,na carne refulge
qual espelho em fagulhas;
cintilante deslumbramento.
Assim corresponde Amor
e Narciso divididos.
Carne e Alma
se enganam
escondendo-se da própria
sombra




Poema de Eliana Pichinine e comentário de Cida Barreiros



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vou pra Minas!


Fogão da roça dos meus amigos Adriana e Julio

      Depois da praia e do sol escaldante, vou para o interior. Vou para as montanhas, pra lá de BH. Visitarei os sítios e as roças, comerei a comida que adoro e que só lá encontro do jeito que gosto, típica do fogão de lenha. Tomarei a pinga do alambique, cheirando ainda à garapa da cana. Da estrada mesmo, verei as paisagens das montanhas e respirarei os ares de Minas, que só lá entende-se os seus mistérios. Logicamente, irei cantando em voz baixa, as músicas dos mineiros do Clube da Esquina, de Milton e seus parceiros. Vou, mas volto, que do Rio, não me afasto por muito tempo. Nem mineiro larga o Rio.

Inté!



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Blogueiro de férias

       Aproveito a brecha do tempo entre o sol e o creme hidratante e corro para um computador mais próximo para dizer o quanto esse ofício de escrever me tem feito falta. Estar de férias é como ser um estrangeiro em sua própria terra. Sinto falta das coisas simples, como meu sofá e meu controle remoto; meus discos e meus devedês; o som que ouço no carro a caminho do trabalho entre tantas outras que a gente sempre reclama e que se acostuma. Como diz a Marina Colassanti: a gente se acostuma, mesmo não devendo.

O bom é que esse incômodo logo passa, assim que abro uma latinha bem gelada de cerveja e me sento de frente ao mar, contemplando o horizonte. O mar é bom e me faz bem!

Volto em fevereiro.